15 anos de "Um amor para recordar"
Há quinze anos estava sendo lançado o filme que mais tarde destruiria meu psicológico. A walk to remember traduzido para o português como Um amor para recordar foi lançado em 2002 e baseado no livro de nosso querido autor de romances marcantes, Nicholas Sparks. O livro (A walk to remember) foi publicado alguns anos antes, em 1999. O filme foi dirigido por Adam Shankman e produzido por Denise DiNovi e Hunt Lowry, para a Warner Bros. Pictures. Os protagonistas dessa história são Shane West (Landon) e Mandy Moore (Jamie).
Antes de contar um pouco das minhas experiências com o filme e com o livro, vou relembrar o enredo, até porque pode ser que alguns de vocês não tenham assistido ao filme ou lido o livro (se você faz parte desses “alguns”, por favor, corra para a livraria e compre o livro, leia e depois corra para a internet e assista ao filme, ou vice-versa). Aviso importante: tem spoilers! Muitos ainda... eita que está recheado de spoilers.
Tudo começa quando Landon (o popular, bad-ass, bonitão) e sua turma invadem uma pequena represa para fazer o “ritual de iniciação” de um novato que quer entrar no grupo. Tudo dá errado quando o novato se machuca e o segurança percebe a presença dos alunos. Em questão de minutos a polícia chega ao local, o grupo consegue escapar exceto Landon, que é apreendido. Ele é liberado pela polícia, mas recebe punição da escola. Um dos deveres dele era participar da peça de primavera da escola. Por esse motivo as coisas começam a mudar.
Jamie é uma garota estudiosa, interessada em astrologia, usa roupas ultrapassadas e é filha do reverendo da cidade. Sua fé é outro motivo de chacota na escola. Sempre estudou com Landon, mas nunca conversaram. Depois do acidente na represa ela tentou puxar assunto com ele, ajudá-lo com um de seus deveres, mas ele não estava para papo, até que ele precisou de ajuda. Jamie faz parte do grupo de teatro e do elenco principal juntamente com Landon, ela seria a cantora da peça. Sem outra escolha, ele pede a ajuda dela para decorar as falas, mas queria deixar tudo em segredo para que seus amigos não soubessem. Obviamente ela acha um absurdo e para de ajudá-lo, ele teria que se virar sozinho.
O dia da peça finalmente chega e depois da canção de Jamie, Landon a beija e deixa todos perplexos. Depois disso ele tenta recuperar a confiança dela e demonstrar que quer mais do que uma amizade, e olha... ele consegue. Sabe aquelas coisas que todas as meninas sonham? Então, ele faz três vezes mais!
Então algo inesperado acontece... Jamie conta a Landon que ela tem leucemia e que não está respondendo a muito tempo aos tratamentos. A notícia destrói Landon, mas ele não desiste de seu amor, continua a surpreendendo e quando o quadro dela piora, ele não sai do seu lado. Jamie tem uma lista de coisas que ela gostaria de fazer antes de morrer, mais metade da lista Landon consegue fazer com que ela realize, um dos pedidos foi escrito no anuário da escola: “presenciar um milagre”... e então vem o número um da lista: Jamie quer se casar na igreja em que sua mãe cresceu, a qual seus pais se casaram.
Jamie recebe tratamento em casa (graças ao pai de Landon com quem ele não falava em anos e nossa... a cena do agradecimento é MUITO linda) e Landon tem uma surpresa para ela, um telescópio gigante para que ela pudesse ver uma cometa raro que passaria naquele dia e era o sonho de Jamie, e então quando os dois estão olhando para o céu, observando o cometa, somente possível de ser visto graças ao telescópio feito por Landon, ele a pede em casamento. Os dois se casam, porém só têm a chance de passarem mais o verão juntos, “um verão mais cheio de amor do que muita gente experimenta a vida toda”, e então ela se vai.
Quatro anos depois, Landon aparece na casa do reverendo para lhe entregar o livro de sua falecida esposa, mãe de Jamie (ela tinha dado de presente para Landon). Ele tinha conseguido entrar na faculdade de medicina, sonho que só foi colocado em sua vida e realizado graças a Jamie. Durante a conversa, ele diz ao revendo que sentia muito por ela não ter presenciado um milagre, então vem a reposta: “Ele presenciou... foi você”.
A história acaba com Landon olhando para a paisagem, falando sobre Jamie e sua fé, o quanto que ela o ensinou, o quanto ele sente sua falta e terminando com a seguinte frase: “Nosso amor é como o vento, não posso ver, mas posso sentir”. E aí a gente pode terminar de se acabar no choro ao som da música “Cry”, cantada por Mandy Moore.
O livro é a mesma base exceto por pequenas partes. Porém tem uma em específico que deveria ter sido retratada no filme, mas não é, afinal, é a cena que dá nome à história. No livro, quando Jamie vai se casar ela já está muito debilitada e se locomove à custa de cadeira de rodas. Quando as portas da igreja se abrem ela não quer entrar com a cadeira, e sim caminhar até o altar, então ela se levanta e começa sua caminhada... uma caminhada para recordar (título original).
Bom, isso não faz com que o filme fique ruim, ela nunca será ruim, pois vai muito além de uma história clichê de amor, ele fala sobre compaixão, perdão, relacionamento entre pais e filhos, fé, perseverança, e quando digo filme também estou me referindo ao livro, pois como já disse, o enredo é o mesmo. Tem uma parte em que o Landon pede ajuda da mãe para aprender a dançar, pois Jamie gosta de dançar e ele não sabe. E então, depois disso, ele dança com ela na varanda e essa cena simplesmente acaba com meu psicológico. Outra cena que me destrói, é quando ele e o pai se abraçam. Landon e o pai não se falavam a anos, mas quando ele chega ao hospital descobre que o pai pagou pelo tratamento de Jamie em casa , Landon vai até ele para agradecer e começa a chorar e eu também choro mais ainda e assim vai.
Quando eu assisti ao filme pela primeira vez eu quase apanhei do meu pai. A gente tinha alugado o filme e todos se reuniram na sala para assistir. Dez minutos depois meu pai e meu irmão já tinham desistido. Minha mãe ficou até o final e quando acabou ela saiu da sala e eu continuei... eu continuei porque eu estava desde o meio do filme chorando e quando acabou eu não conseguia mais parar. Acho que eu fiquei mais de uma hora depois do filme para me recuperar completamente. E então eu escuto do meu pai “o que tá acontecendo aí, Isabela?” e eu falei que era o filme, ele me mandou parar de chorar, mas eu não conseguia e ele falou que se eu não parasse ele ia me bater, e ainda assim eu não consegui. Acho que eu comecei a chorar mais ainda de ódio... ele não entendia o porquê, ele não assistiu.
Enfim, esse é o filme que me acompanhou em 90% das minhas noitadas com as amigas, e a gente chora TODA VEZ, não é brincadeira. Eu assisti de novo antes de escrever esse post e confesso que chorei igual um bebê de novo. Se você nunca leu ou nunca assistiu, sério, faça isso logo. As meninas vão amar e os meninos vão ter várias dicas de como ser um verdadeiro cavalheiro e conquistar o coração do seu amor. Se você já o fez, eu quero saber das suas experiências com essa história. Podem comentar ou me mandar no email do blog, pois eu vou amar ler. Um filme como esse, merece ser comemorado à altura, afinal, é o vanguardista do gênero.
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