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Mostrando postagens de agosto, 2016

Precisamos falar sobre crush

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     Esses dias eu estava pensando em como a vida pode ser irônica. Já ouviu a frase “o feitiço virou contra o feiticeiro” ou “o mundo dá voltas”, entre outras? Eu já! Várias vezes. Mas não quero falar de nada muito grande como; se você fez algo de bom você vai receber coisas boas, ou o contrário (talvez eu comente sobre isso em um outro post). A minha reflexão é na verdade sobre algo bem mais simples, a paixão. Aí você pode se perguntar: simples? Pois é... Acredito que seja simples sim, e é isso que mais me chama atenção, porque sendo simples, pode causar um efeito tão grande. Mas chega de enrolação e vamos à reflexão. Você provavelmente já deve ter lido Drummond, pelo menos na escola. Um dos poemas mais famosos dele é “Quadrilha”. Sempre achei esse poema muito engraçado, mas nunca parei para pensar de verdade. Segue o poema:  João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para os Est...

O que ninguém te fala sobre animais de estimação

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     Faz dois dias que minha cachorrinha faleceu. Ela estava internada por um ferimento grave e não resistiu. Foram 15 anos ao lado dela. Eu tenho 19 anos então desde que eu me conheço por gente, ela estava lá. Minha parceira, confidente, amiga, que viveu do meu lado, me amando em meio todas as crises, por 15 anos.       Lembro-me até hoje do dia em que ela chegou... tão pequena, tão branquinha, quietinha, com os olhinhos demonstrando o carinho que ela podia dar. Minha madrinha veio trazê-la aqui em casa. Ela pegou a cachorrinha na mão e antes de me entregar, me deu três opções de nomes e eu teria que escolher um. Não me lembro dos nomes então vou considerar como opção a; b; e c. Eu pensei por uns dois segundos antes de responder, mas a palavra saiu tão naturalmente que era como se eu já soubesse o nome dela antes mesmo de saber falar. “D”, eu escolhi. A opção d, que na verdade não fazia parte das opções, era Susi. Minha madrinha perguntou: “Mas Sus...

Paradoxo

     Eu estava andando pela cidade de Campinas, bem no centro. A rua ou o bairro são coisas das quais nunca fui bom em recordar. Parei em uma banca de jornais e comprei uma garrafinha de água para saciar minha sede. Eu estava me sentindo um tanto aflito. Me dirigi a uma praça que ficava logo em frente à banca.      Como uma atividade diária, eu sempre gostei de andar pela cidade durante minhas tardes e questionar tudo ao meu redor. Para isso, eu busco algum lugar calmo e silencioso, e começo com minhas indagações. A praça me pareceu o local perfeito. Foi exatamente em uma dessas minhas “tardes filosóficas” que me deparei com uma incrível reflexão, causada por uma fonte que eu nunca imaginaria: uma garotinha, provavelmente com seus quatro anos de idade.      Enquanto eu estava acomodado em meu lugar, uma moça de seus trinta ou quarenta anos, loira e alta, carregando a garotinha no colo, se sentou no banco logo atrás do meu. Não demorou mu...

Chuva e escuma

     Hoje acordei com o som da chuva caindo no meu telhado, levantei, fui ao banheiro e sai. Gosto da chuva, mas me atrasa chegar ao trabalho em dia de semana, infelizmente acordei com o pé esquerdo. Demoro cerca de trinta minutos no máximo para chegar ao meu serviço, mas hoje levei cinquenta. Peguei a Marginal Tietê sentido Castelo Branco e a primeira coisa que me deparo é uma enorme quantidade de espuma no meio da rodovia. Quatro carros batidos. No momento fiquei pasmo, não basta à chuva tem que ter escuma também?!      Cheguei à empresa com vinte minutos de atraso, maldita escuma. Passei o dia pensando naquilo, queria ver se havia algo nos noticiários, mas nem no horário de almoço tive tempo. Voltando para casa já não tinha nada de espuma na Marginal e pude ir sem transito para casa, sem tumultuo.      Entrei em casa, jantei rapidamente, pois estava na hora do jornal, a primeira noticia que anunciaram foi o que me atrasou de manhã, d...