De cabeça erguida
Estava voltando da faculdade fazendo o mesmo caminho de sempre, ou seja, a quase um ano eu percorro o mesmo caminho todos os dias.Quando eu ando, geralmente olho para o chão. Nunca tinha parado para olhar direito o lugar.
Até que um dia desses o chão estava coberto de flores amarelas. Um tapete amarelo de flores. Então, olhei para cima. As árvores estavam simplesmente maravilhosas, cheias de flores, cheias de vida. Olhei ao redor. Tentei enxergar detalhes que nunca tinha visto. Tentei enxergar a beleza no monótono. Funcionou.
Continuei o caminho de cabeça erguida. Olhando para todas as direções possíveis. Como eu não enxergara toda aquela beleza antes? Uma vez me falaram que vemos o que gostaríamos de ver, mas às vezes as coisas são o que são e nós que não as enxergamos. As árvores estavam ali todos os dias. Todos dias eu caminhava entre elas sem notá-las nem por um momento. Precisou de um tapete de flores amareles para chamar minha atenção e enfim eu olhá-las da forma que elas merecem.
Isso me fez pensar em quantas vezes eu deixo de prestar atenção em detalhes que mudariam a minha vida ou a vida de outras pessoas se eu os notasse. A correria do dia a dia pode atrapalhar a nossa visão. Nossos sentidos em geral.
Depois daquele momento eu comecei a reparar nos detalhes. Mesmo percorrendo o mesmo caminho todos os dias, é incrível como a cada dia eu percebo uma coisa diferente. Coisas que sempre estiveram ali.
Você notando ou não, sempre terá detalhes para serem notados, talvez até sentidos. Não espere um tapete de flores amarelas chamar a sua atenção para que enfim você enxergue o seu mundo de verdade. Nesse caso, o que chamou a minha atenção foi uma coisa bonita, delicada, boa. Nem sempre é assim, então para que esperar? Repare nas pessoas, nas coisas, nos sentimentos, nas paisagens, em você. Não viva olhando para baixo, viva de cabeça erguida.

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