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Mostrando postagens de 2019

Ruínas

A vida já era entediante o suficiente com luta, imagine sem... Minha mãe insistia que eu deveria desistir porque eu sempre chegava roxa em casa. Ignorei a falação dela e saí para mais uma aula. Eu fazia minhas aulas à noite, pois trabalhava de manhã e à tarde cuidava do meu irmão autista, pois minha mãe chegava somente no final da tarde e meu pai nos deixou a uns bons anos atrás. Mesmo que eu já chegasse na academia cansada, enquanto eu estava lutando todos os meus problemas desapareciam. Eu comecei no Box há dois anos quando precisava extravasar o estresse de último ano da faculdade, depois adicionei o Muay Thai e estava prestes a iniciar minha primeira aula de Jiu Jitsu, deixando apenas duas noites da semana livres. Eu preferia assim, não tinha muitos amigos para sair à noite de qualquer maneira e ficar em casa não era a melhor opção. Clara, minha parceira de luta, não poderia ir hoje à aula por causa de um problema que deu na retirada do seu diploma da universidade. Nos formamo...

Interfectrix

Não conseguia enxergar direito. O ambiente estava escuro. Não, minha visão estava escura, o ambiente estava claro. Um parque? Um jardim? Espera... era o quintal da minha casa! Estava sem ar, meu coração estava acelerado. Conseguia ouvir minha respiração entrecortada. O que aconteceu? Minha cabeça doía. Coloquei a mão no local de dor e senti umidade, ao retirar a mão vi o sangue não tão vívido, como se já estivesse prestes a secar. Quanto tempo eu fiquei ali? Por que eu estava ali?  Tinha mais sangue no chão. Minha visão já voltara ao normal e podia enxergar o caminho ensanguentado pela grama. Tentei me levantar e com um grito caí no chão segurando minha perna direita, só então vi a ferida. Meu pé estava torcido e meu osso da perna estava exposto. Como era o nome desse osso mesmo? Tíbia! Meu marido me ensinou os nomes de todos os ossos do corpo depois de eu tentar explicar um acidente que eu vi na rua e não conseguir deixar claro qual parte do corpo exatamente o moço tinha frat...

Solitude

Life will never be the same now that I know you I will never look to that color you wear And not think of your silhouette I will never see a blue jeans jacket And not scent the perfume you carry I will never touch your hand And not feel electricity on my body I will never listen my playlist And not think of how you like it Life will never be the same now that I know you I will never stop wondering if we met in another moment If time was kinder If your heart was free I will never stop thinking about the "what if's" The time we would have spared The jokes we would have laughed The kisses we would have felt The books we would have read My body will never be the same now that it knows you My waist will always feel your hands My hands will always feel your heat My shoulders will always feel your head My heart will always feel your beat If my eyes see another face My mind will project yours If my feet go to another place Like a magnet I'll be at...

Mensagem para eu mesma

Parece que o coração está sendo esmagado, quebrado, despedaçado. A garganta aperta, começam a surgir lágrimas, mas você se controla porque fica dizendo para si mesma "eu sou forte, isso vai passar", mas aí você escuta a voz da pessoa, ou olha pra ela, ou lembra dela e tudo aquilo volta... mas você tenta se conformar dizendo que "nunca ia dar certo de qualquer jeito", mas ainda assim, um soco na cara doeria menos, bem menos, do que a dor que está sentindo. Mas passa, pode ser rápido, pode demorar, mas eu preciso acreditar que passa, senão eu enlouqueceria... Isabela de 2016 descrevendo a Isabela de 2019 sem saber.

Imensurável

Ele é Grandeza nunca estudada Profundeza inalcançada O céu nunca explorado O próprio azul estrelado Ele é aquele que não precisa ser provado Pois Ele é É aquele que criou a própria existência O criador da natureza Ele é o fogo com tanta ardência Ele é a água e a sua pureza O brilho que cega A saliva que restaura a visão O sal em meio o insípido A luz em meio a escuridão Ele é a largura que não pode ser medida O ponto ou a linha A distancia entre um numero e outro Ele é tudo, não só um pouco A caixa fora da caixa A parede sem limites A base sem concreto A verdade que não se omite Ele é o eu sou Ele é o Amor Ele é quem ressuscitou Ele é senhor Seu poder venceu a morte O seu sangue nos deu vida Ele faz do fraco, forte Ele é o final e a partida Ele é o caminho para o perdido A vida aos ossos secos Nos seus braços se faz abrigo É quem nos dá recomeços Tão grande, mas alcançável Tão real que chega a ser palpável Fortaleza inabalável Ele é Imensurável

50 músicas da minha playlist da bad

     Às vezes não adianta estarmos mal, nós queremos ouvir uma música que nos deixe ainda piores pra gente chorar com gosto, ou até estamos bem, mas acordamos querendo ouvir algumas músicas mais pra baixo, ou então estamos com o coração partido e precisamos ouvir músicas que nos ajudem a liberar toda nossa dor. Bom, por isso que eu criei uma playlist chamada BAD MASTER, mas tem tanta música, mas tanta música, que eu vou dividir esse post, porque ninguém aguenta ver quase 300 músicas num post só. Então a seguir vou mostrar pra vocês as músicas que estão nessa playlist e já aviso que tem música de todo tipo porque eu sou bem eclética rsrs. Não estão por ordem de favoritas ou mais tristes.  MUITO IMPORTANTE: Se você realmente está mal mentalmente, depressivo/a, eu aconselho você a ouvir músicas animadas e ir procurar a ajuda de um profissional.   1. i hate u, i love u (feat. olivia o’brien) – gnash, Olivia O’Brien 2. Everglow – Codplay 3....

Copo sem água

Me perdi Me perdi ou nunca me encontrei? Não me encontrei Não sei quem eu sou Não sei o que eu quero Não sei pra onde vou Não quero mais ser eu Mas também não sei o ser eu significa Vivo numa hipocrisia Vivo num constante turbilhão Eu quero me encontrar Eu quero me entender Eu quero sentir que faço parte Eu quero me sentir amada Quero ter fé Quero acreditar Mas minhas forças fogem de mim Corre constantemente pra um horizonte sem fim Imensidão Vazio Entre o calor, sinto frio No meio da dor me aconchego Talvez nunca tive sossego É a ferida que nunca cicatrizou O tiro que nunca foi tratado Sou a junção dessa confusão A mente não escuta o coração O choro dessa depressão Não vou fazer falta se eu partir O que será que encontrarei do lado daí? 

Medusozoa

Estou feliz por você Você encontrou quem procurava Encontrou um amor pra amar Pra cuidar Pra querer Pra esquecer as dores que qualquer outro amor possa ter causado Fico feliz, de verdade São perfeitos um pro outro, Mas não me trate mais assim Não me trate como se ainda quisesse me segurar Como se quisesse me manter por perto Pra sentir que tem alguém em suas mãos Não aceito mais seus toques Seus abraços demorados Suas massagens Seus olhares de sábado à tarde Eles não trazem mais eletricidade  Eles queimam de nojo Guarde eles para seu novo amor Não desperdice comigo Eu não preciso dos seus toques de piedade Desde que você se foi eu tenho passado muito bem Embora isso seja uma mentira, mas não por causa da sua ausência Eu não sou sua segunda opção Não sou alguém que se pode ter na mão Não te amo mais e já faz um tempo Não me trate como se sentisse pena por ter encontrado outra Sua vida não tem mais importância pra mim Então tir...

POLÍTICAS EDUCACIONAIS: FICHAMENTO

SAVIANI, D. Vicissitudes e perspectivas do direito à educação no Brasil: abordagem histórica e situação atual. Educação & Sociedade, v. 34, n. 124, 2013. Resumo O texto Vicissitudes e perspectivas do direito à educação no Brasil: abordagem histórica e situação atual de Dermeval Saviani apresenta a classificação de Marshall (1967), segundo a qual distinguem-se os direitos civis, os direitos políticos e os direitos sociais. Também é defendido que é importante diferenciar a proclamação de direitos e a sua concretização, e que o Estado brasileiro não imcumbiu-se do dever de assegurar o direito à educação a todos, “Vê-se, pois, que o direito à educação segue sendo proclamado, mas o dever de garantir esse direito continua sendo protelado.” (SAVIANI, 2013, p. 754). Em seguida, é discutido o conflito histórico entre o direito à educação e o dever de educar no Brasil, abordando a fase dos jesuítas e da pedagogia pombalina. Analisa-se, posteriormente, a criação das duas primeira...