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Mostrando postagens de março, 2018

Prático

Resenha do texto “Pragmática” de José Luiz Fiorin.       O texto “Pragmática” de José Luiz Fiorin inicia com uma epígrafe retirada do livro “As aventuras de Alice”, de Lewis Carroll. Com isso, ele discute o sentido de certas palavras, mostrando que a Pragmática “é a ciência do uso linguístico, estuda as condições que governam a utilização da linguagem, a prática da língua” (p. 161). Ainda na Introdução, o autor inicia os conceitos de enunciação e enunciados dando um panorama para a segunda parte do texto: A enunciação .      A enunciação é o ato de enunciar, a capacidade de um falante de formular enunciados. Em outras palavras, enunciação é o ato de falar e o enunciado a fala em si. O autor discute, brevemente nessa segunda parte, sobre as categorias que constituem o “aparelho formal da enunciação”, segundo Benveniste, que são: pessoa; espaço e tempo, e comenta sobre os três níveis da enunciação, respectivamente: enunciador e enunciatário; nar...

Soneto do amor como um rio - breve análise

Análise realizada no primeiro ano de Letras.  SONETO DO AMOR COMO UM RIO Este infinito amor de um ano faz Que é maior do que o tempo e do que tudo Este amor que é real, e que, contudo Eu já não cria que existisse mais. Este amor que surgiu insuspeitado E que dentro do drama fez-se em paz Este amor que é o túmulo onde jaz Meu corpo para sempre sepultado. Este amor meu é como um rio; um rio Noturno interminável e tardio A deslizar macio pelo ermo E que em seu curso sideral me leva Iluminado de paixão na treva Para o espaço sem fim de um mar sem termo. Traços líricos: Soneto: ênfase no significante – imagem acústica Sujeito lírico explícito: 1° pessoa Fusão entre sujeito e objeto Este soneto tem o predomínio das orações subordinadas. Caráter emocional intensificado pela musicalidade:  Rima (a, b, b, a - c, d, d, c - e, e, f - g, g, f) As rimas são interpoladas.   1° estrofe: faz e mais – são rimas toantes, ricas e agudas...

Canção do exílio - paródia

Minha terra tem as selfies, cheias de falsidade e amor. Os momentos que deviam viver, Não vivem não, senhor. Os impostos aumentaram, a dívida é maior que tudo. Vamos lá culpar o PT pela destruição do nosso mundo.  A culpa nunca é de ninguém, é sempre de geral. Mas e se for culpa minha? Não. Culpa minha nem a pau. Em que ponto me tornei Tão cheio de hipocrisia? Reclamo o tempo todo não paro nenhum dia.  Enquanto isso as flores crescem e os pássaros estão a cantar. Deixa de moleza meu povo, Vamos lá fora apreciar. 

Soneto do amor total, de Vinicius de Moraes - breve estudo

Estudo do "Soneto do amor total, de Vinicius de Moraes" realizado no primeiro ano da faculdade.  Traços líricos: O soneto possui ênfase no significante. Seu sujeito lírico está em 1° pessoa, isso aproxima o leitor do eu-lírico, trazendo emoção. Há a fusão entre sujeito e objeto (eu-lírico e seu amor), mais uma vez favorecendo a emotividade. O soneto possui o predomínio das orações coordenadas, mostrando a sequencia de sentimentos. Seu caráter emocional também é favorecido pela musicalidade, como as rimas (ABAB, ABBA, CDC, DCD) que em sua maioria são rimas soantes, ricas e graves. Seu ritmo é decassílabo (10 sílabas poéticas) e sua versificação é regular. No soneto as repetições fônicas são oclusivas; /t/, /d/, /k/, /m/, /b/. Por ser usado muito os lábios ao abri-los e fechá-los para a pronunciação das palavras, a impressão que se pode ter é a do beijo, como se o eu-lírico quisesse beijar seu amor naquele momento. O enjambement é expresso pelas curvas no poema, ond...